O governador licenciado do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), pré-candidato a presidente, disse que o PSDB escolheu o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como candidato a presidente, numa decisão de cúpula, diferente da que fará o PMDB no domingo (19), quando os filiados votarão no nome que representará o partido na corrida à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rigotto, que disputa a indicação com o pré-candidato a presidente Anthony Garotinho, afirmou acreditar que a mobilização da militância, a partir da prévia, fará a diferença na campanha eleitoral.
"No caso deles, foram três ou quatro lideranças que definiram o candidato", comparou. "No nosso, serão 20 mil militantes." Depois de dizer, em janeiro, que preferia enfrentar o prefeito da capital paulista, José Serra (PSDB), e Lula, que busca a reeleição, o governador licenciado do Rio Grande do Sul afirmou que quer disputar o cargo com os melhores de cada legenda. Rigotto disse que aquela manifestação havia sido feita quando as pesquisas apontavam maiores possibilidades para Serra do que Alckmin na eleição presidencial.
Otimista, o governador licenciado disse crer que vencerá a eleição ao se apresentar como terceira via entre o PT do presidente e o PSDB do governador de São Paulo. "Eu respeito os dois, mas tenho certeza de que posso vencê-los", afirmou, ao fim da tarde, antes de embarcar para Brasília, onde conversa com parlamentares de diversos Estados amanhã (15). Rigotto destacou ainda que se considera a verdadeira novidade da próxima campanha eleitoral. "O Alckmin já está sob os holofotes de administrar um Estado central e de se dizer candidato há tempos", avaliou.
Como julga que vencerá a prévia e que o PMDB confirmará a candidatura, o governador começa a adiantar a estratégia de fustigar tanto Alckmin como Lula pela falta de "vontade política" dos governos tucano (do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso) e petista para fazer as reformas necessárias, como a tributária e a política, e pelo "pequeno crescimento econômico" que o País teve na média dos últimos 12 anos.