Brasília – O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), pré-candidato a presidente, defendeu hoje a manutenção para março das prévias do partido com o objetivo de escolher o candidato a presidente.
Depois de almoçar com o governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz (PMDB), Rigotto afirmou que não pode haver protelação das prévias e previu que o candidato da legenda a presidente não de uma "unção" da cúpula da sigla, mas da mobilização da base partidária.
No almoço, ele pediu a Roriz que também concorra nas prévias. "Quem se disponibilizar a ser candidato tem de saber que a candidatura vai acontecer dentro de uma escolha que não será de cúpula", afirmou.
Sobre a hipótese de os dirigentes da agremiação privilegiar a candidatura do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Nelson Jobim, e sabotar a pretensão dos demais presidenciáveis do PMDB, Rigotto foi taxativo: "Não acredito. Digo, com sinceridade: as prévias vão acontecer, e delas vai sair o candidato do PMDB."
Segundo o governador do Rio Grande do Sul, as prévias são fundamentais para a legenda se valorizar e mostrar a força que tem, nacionalmente. "É o partido que tem o maior número de prefeitos, deputados estaduais e governadores. No mínimo, 21 mil pessoas estarão votando (nas prévias) em todos os Estados da Federação. Isso é o que vai alavancar e dar força à candidatura" afirmou.
"Eu já disse que o ministro Jobim seria um belo candidato para as prévias, que qualificaria a disputa interna, mas, no dia seguinte, ele ligou-me dizendo que não tem nada que ver com prévias", relatou.
Rigotto disse que o governador do Distrito Federal apóia as prévias e o lançamento de uma candidatura própria da sigla a presidente. Mas, sobre a possibilidade de pôr o próprio nome nas prévias, Roriz não disse "nem sim nem não", de acordo com o governador.
