Brasília ? A carência de peritos médicos foi apontada pelo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Valdir Moysés Simão, como o maior problema da Previdência. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva a uma rede de rádios organizada hoje (26) pela Radiobrás. Simão afirmou que 1.500 novos peritos serão contratados para todo o país a partir do mês de junho.
"Entendemos que precisamos de mais peritos médicos e estamos contratando mais 1.500 peritos médicos. Esse é o maior problema, já que 61% dos requerimentos se referem ao auxílio-doença. Se somarmos as aposentadorias por invalidez e os benefícios assistenciais que dependem de perícia, esse número chega a 70%", afirma.
Simão lembrou que a perícia médica era terceirizada até 20 de fevereiro deste ano. Por determinação legal, a terceirização foi suspensa e agora o INSS está reforçando o quadro de peritos. A meta, segundo o presidente, é realizar as perícias em até cinco dias após a data do primeiro atendimento.
"As nossas agências de atendimento não foram preparadas para que a perícia fosse realizada no seu local. Nós estamos reformando agências e ampliando o número de consultórios médicos", disse Simão.
Segundo o presidente do INSS, nos primeiros quatro meses do ano verificou-se um aumento de 30% no volume de requerimentos. A média anterior, de 450 mil requerimentos mensais, subiu para 550 mil, de janeiro a abril. Em março, o INSS chegou a cadastrar 627 mil requerimentos de benefícios.
"Esses requerimentos são de segurados que não conseguiam o atendimento, não conseguiam chegar até o balcão da Previdência para protocolar o seu benefício. Esse aumento de demanda é explicado exatamente pela ampliação do horário de atendimento", explicou.
