O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), acredita na votação na próxima semana da proposta de emenda à Constituição que acaba com o voto secreto nas deliberações do Congresso. Pela proposta, as votações dos processos de cassação dos deputados e dos senadores acusados de envolvimento na máfia das ambulâncias seriam por voto aberto no plenário. Atualmente o voto no plenário é secreto, um dos motivos que teriam contribuído para a absolvição de deputados envolvidos no escândalo do mensalão.

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Rebelo afirmou que tem conversado com os líderes partidários para que as 20 medidas provisórias que trancam a pauta da Câmara sejam votadas simbolicamente – quando não há registro dos votos no painel eletrônico – para dar mais rapidez nas deliberações. Rebelo defendeu também a retirada pelo governo do regime de urgência, que dá prioridade na votação após as MPs, de seis projetos para permitir liberar a pauta.

Nos planos de Rebelo, além das MPs, a Câmara deverá votar o projeto da lei de micro empresa e a emenda que acaba com o voto direto durante o esforço concentrado marcado para a próxima semana – dias 4, 5 e 6 de setembro.

O relator da proposta que acaba com o voto secreto, deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), prevê o voto aberto em todas as deliberações na Câmara e no Senado. "O País evoluiu. Acho que se vai tornar aberto o voto nos processos de cassação, é possível tornar aberto também para os demais casos", afirmou Rebelo.

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