A Polícia Federal e o Ministério Público querem esclarecer o mais rápido possível a negociação de documentos, em poder de Luiz Antônio Vedoin, que envolvem políticos na máfia dos sanguessugas. Para isso, deve acontecer hoje a acareação entre Valdebran Padilha, filiado ao PT de Mato Grosso, e Gedimar Passos, advogado e ex-policial, na sede da PF, em Cuiabá.

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Com a acareação, a polícia e o MP pretendem identificar os compradores do dossiê Vedoin. O delegado da PF Diógenes Curado Filho e o procurador Mário Lúcio Avelar decidiram pela transferência imediata de Valdebran e Gedimar para o Mato Grosso.

Em conversa com o ministro Márcio Thomaz Bastos na segunda-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o caso seja esclarecido o quanto antes, de modo que não atrapalhe a reta final de sua campanha para reeleição, informa o blog de Ricardo Noblat. O mandante da operação será identificado tão logo a polícia desvende a origem dos R$ 1,7 milhão que seriam entregues aos Vedoins em troca do dossiê, segundo Lula ouviu de Thomaz Bastos.

Prisão temporária de Freud

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Além da acareação de Valdebran Padilha e Gedimar Passos, pode ocorrer também hoje a prisão temporária de Freud Godoy, ex-assessor especial da Presidência. O procurador da República em Mato Grosso, Mário Lúcio Avelar, já tem o pedido pronto.

Para justificá-lo, Avelar anexou trechos do depoimento do advogado Gedimar Pereira Passos no qual ele revela que foi "a mando de um Froude ou Freud" que iria realizar o pagamento de R$ 1,75 milhão aos emissários do empresário Luiz Antônio Vedoin, chefe da máfia do esquema de vendas de ambulâncias superfaturadas.

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Em sua minuta com seis páginas, o procurador considera importante que Freud seja detido temporariamente para ser interrogado sobre a compra de dossiê.

Convocação

Os integrantes da cúpula da CPI dos Sanguessugas se reúnem hoje para discutir a convocação de Freud Godoy. O vice-presidente, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), defendeu na segunda-feira a convocação do ex-assessor.

Além de Godoy, Jungmann quer ouvir Valdebran Padilha e Gedimar Passos, que foram presos na sexta-feira pela Polícia Federal com R$ 1,75 milhão – dinheiro que seria usado para adquirir o dossiê contra os candidatos do PSDB José Serra, que disputa o governo de São Paulo, e Geraldo Alckmin, que concorre à Presidência.