O secretário de comércio exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Armando Meziat, afirmou nesta segunda-feira (2) que uma eventual redução dos preços internacionais das commodities, devido a uma desaceleração da economia dos Estados Unidos, não deve afetar o desempenho das exportações brasileiras. Segundo ele, a pauta exportadora do País está bastante diversificada tanto em produtos como em mercados, o que garante hoje uma menor dependência do mercado norte-americano.
"Eu não estou preocupado que uma eventual queda dos preços internacionais das commodities vá afetar as exportações brasileiras. Temos outros produtos e outros mercados que não serão afetados", disse Meziat, lembrando que o bloco da América Latina superou os Estados Unidos como principal mercado de destino das exportações.
Ele admitiu, no entanto, que uma redução da atividade econômica dos Estados Unidos impacta no comércio internacional como um todo. "Caso isso aconteça, nós vamos ter que estar preparados e de olho para ver até que ponto pode afetar as exportações brasileiras", disse o secretário. Ele afirmou que o segmento em que as exportações mais crescem é o de material de transportes que, segundo ele, não é afetado pela redução dos preços das commodities.
Meziat também afirmou que em julho e agosto houve uma inversão no quadro de exportações. Segundo ele, de abril a junho foi negativo o crescimento das exportações em volume. Em julho, as exportações voltaram a crescer 9,1% em volume e em agosto 6,4%, em relação ao mesmo mês do ano anterior.
"Estamos esperando que haja um aumento entre 5% e 6% no volume exportado este ano e de 15% no valor das exportações", afirmou o secretário. Até agosto, o aumento das exportações em volume foi de 3,2% e em valor, 11%.