O presidente do Ibope, Carlos Augusto Montenegro, fez há pouco, um balanço positivo do trabalho do instituto nas pesquisas eleitorais, que antecederam o primeiro turno das eleições de 2002. Ele argumentou que o Ibope só não conseguiu apontar segundo turno nos estados de Mato Grosso do Sul, Paraíba e no Pará e também errou na previsão do candidato que iria ocupar a segunda vaga paraense no Senado.
Segundo Montenegro, o Ibope realizou, do começo do ano até ontem, mais de 1 milhão de entrevistas em todo o País. Ele destacou, também, o fato de depois de muitos anos, o instituto voltar a acertar a tendência eleitoral no Distrito Federal. ?Estávamos at é pensando que não sabíamos mais fazer pesquisa no Distrito Federal?, disse Montenegro, acrescentando que outro fato que merece destaque é a indicação do sexto lugar para disputa no Senado para o ex-governador Leonel Brizola, no Rio de Janeiro. O presidente do Ibope considerou esse feito como uma grande vitória, pelo fato de Brizola sempre ter sido um crítico das pesquisas.
Montenegro destacou também o espaço dado pela mídia para os candidatos no decorrer dessa campanha eleitoral. Ele disse que com essa abertura, jamais vista na história do País, dá espaço para que no futuro o Brasil venha a rever o papel da propaganda elei toral, que é ainda um resquício da ditadura.
O executivo explicou que, ao contrário do que muita gente pensa, o Ibope não se preocupa apenas com quem vai ganhar uma eleição, mas com todas as posições até o último colocado, tanto para presidente como para deputados, porque isso facilita as projeções das bancadas, como o instituto fez este ano.
