Brasília ? A ampliação do ensino fundamental de oito para nove anos pode contribuir para a redução dos índices de repetência no país. A avaliação é do ministro da Educação, Fernando Haddad, que participou de cerimônia de sanção da lei que torna obrigatória a oferta de matrícula para as crianças a partir dos seis anos de idade.
"Isso terá um impacto importante do ponto de vista da inclusão, permitirá aos educadores repensarem o ensino fundamental e enfrentarem esse grande desafio que é reestruturá-lo para que os índices de repetência, sobretudo na primeira e segunda série do fundamental, continuem caindo e cada vez com mais força", disse.
Segundo o ministro, mudanças já estão em andamento no ensino fundamental. "Os currículos, as diretrizes e os parâmetros estão sendo adequados para que a criança já, aos seis anos, inicie o seu ciclo de alfabetização que de regra geral vai dos seis aos oito anos", informou. Os estados, os municípios e o Distrito Federal terão até 2010 para oferecer matrícula para as crianças de seis anos.
Para essa adaptação, o MEC distribuirá 300 mil exemplares do documento Ensino fundamental de nove anos: orientações pedagógicas para a inclusão de crianças de seis anos. O objetivo é orientar as secretarias de educação na organização de conteúdos, levando em conta o perfil dos alunos desta faixa etária.
Haddad destacou que a mudança beneficiará as crianças de baixa renda. "A criança agora, a partir dos seis anos, tem um direito subjetivo à matrícula no ensino obrigatório. Ou seja, a criança, no ano que ela completa seis anos, obrigatoriamente em que estar matriculada no sistema municipal ou estadual".
