Brasília – A economia brasileira encerrará 2005 com um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acima de 2,6% e, possivelmente, um pouco maior que 3%. A previsão é do líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), ao comentar hoje (30) os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrando retração de 1,2% do PIB (a soma das riquezas produzidas no país) no terceiro trimestre, em relação aos três meses anteriores.

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Mercadante ressaltou que todos os indicadores da economia apresentam um cenário favorável para o crescimento sustentado. Aliou a isso, o pagamento do 13º salário, que vai "aumentar a demanda interna". E disse que o principal problema enfrentado pelo governo, hoje, é a dívida pública que mina a capacidade de investimentos.

Na opinião do senador, com "um bom esforço fiscal" o governo poderá manter a redução progressiva da taxa de juros. Ele destacou que um superávit primário acima dos 4,25% do PIB previstos no orçamento vai garantir mais recursos para investimentos em 2006. E que esses recursos serão aplicados, prioritariamente, em transportes, energia e comunicações.

O Banco Central, segundo Mercadante, atuou em 2005 com uma meta arrojada de inflação de 4,5%, que poderia ter sido flexibilizada para 5,5%. Com isso, afirmou, seria possível chegar ao final do ano com uma taxa básica de juros inferior aos atuais 18,5%. "Temos que deflacionar a economia num ritmo que preserve o seu crescimento", defendeu o senador.

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