Para Mentor, Procuradoria fará o que precisa ser feito ao investigá-lo

Brasília – O deputado José Mentor (PT-DF) disse hoje (16), por meio da assessoria de imprensa, que não considera uma novidade a autorização dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para abertura de inquérito sobre o envolvimento do parlamentar com o doleiro Richard Otterloo. Para Mentor, a Procuradoria Geral da República, que abrirá o inquérito juntamente com a Polícia Federal, está fazendo o que precisa ser feito: investigar.

O deputado do PT é acusado de receber R$ 300 mil de Otterloo para não incluir o nome do doleiro no relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Banestado, na qual Mentor foi relator. A autorização para que a Procuradoria Geral da República e a Polícia Federal faça as investigações foi concedida pelo ministro Cezar Peluso no último dia 7 de junho, mas só hoje o STF publicizou a autorização.

A Corregedoria da Câmara começou a analisar as denúncias contra José Mentor. Na semana passada, o deputado encaminhou ao corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), a decisão do STF de investigá-lo. No entanto, a corregedoria aguarda o depoimento do parlamentar e também do doleiro sobre as denúncias. Na defesa por escrito encaminhada à Corregedoria, Mentor considerou "absurda" a denúncia.

Se a Corregedoria entender que o deputado quebrou o decoro parlamentar, caberá a Mesa Diretora da Câmara decidir se encaminha mensagem ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar pedindo a abertura de processo de cassação. Mentor foi acusado de ter recebido dinheiro do empresário Marcos Valério, tido como principal operador do chamado "mensalão", respondeu processo no Conselho de Ética e foi absolvido pelo Plenário da Câmara.

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