Ipojuca, PE – No discurso de 40 minutos que fez em Ipojuca (PE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a falar sobre a crise política que atinge o governo e o País. Lula reclamou do comportamento da imprensa. Para ele, a mídia brasileira age como a venezuelana. "Não há preocupação de saber se é verdade ou mentira a denúncia. Primeiro, publica-se. Não há nenhuma responsabilidade de apurar", criticou. Lula observou que denúncias sem provas "matam a alma da pessoa atacada". Depois, acrescentou, não se tem a grandeza de pedir desculpas quando se percebe que as acusações estavam erradas.
Citando o que classificou de denuncismo, o presidente disse, porém, que, nos dez anos, por ocasião do 50.º aniversário, aprendeu a ser mais tolerante e mais paciente. "No meu coração, não existe mais espaço para mágoa e rancor, mas sim, compreensão", afirmou. Dizendo-se seguro de que todos passarão pelo dia do juízo final, Lula destacou: "Haverá o dia em que a verdade irá prevalecer." Em seguida, voltou a falar nas "injustiças" que foram feitas contra os presidentes Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas
