A ferrovia Transnordestina vai permitir o desenvolvimento do Nordeste. A previsão é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que falou sobre o tema hoje (5) no programa de rádio semanal Café com Presidente. Ele participa amanhã (6) da cerimônia de início das obras da Transnordestina em Missão Velha, no sul do Ceará.

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"Nós queremos dar uma dimensão extraordinária ao transporte ferroviário para que a gente possa fazer o Nordeste brasileiro se transformar em uma região altamente produtiva e altamente desenvolvida", disse Lula, no programa de rádio.

Segundo o Ministério da Integração Nacional, a ferrovia Transnordestina ligará o sudeste do Piauí, sul do Maranhão e oeste da Bahia aos portos de Suape, em Pernambuco, e Pecém, no Ceará, facilitando o transporte da produção de grãos e algodão da região. A obra terá cerca de 1,8 mil quilômetros e deve ficar pronta em três anos com investimento de R$ 4,5 bilhões.

Outra ferrovia citada pelo presidente Lula, a Norte-Sul, terá 150 quilômetros prontos para inauguração em outubro. De acordo com Lula, o trecho de 350 quilômetros entre Araguaína e Palmas, no Tocantins, será concedido à iniciativa privada. "Um investimento que vai facilitar enormemente o transporte de carga na região Centro-Oeste do Brasil", afirmou o presidente.

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No programa de rádio semanal, Lula citou outros planos do governo para o setor ferroviário: a construção de oito quilômetros de ferrovia em São Francisco do Sul (SC) e de 18 quilômetros em São Félix do Cachoeiro (BA). "Tudo isso já está licitado e nós queremos começar o mais rápido possível. O ministro do Transporte sabe que essas obras são de urgência."

Outra meta, de acordo com o presidente, é resolver a questão do Ferroanel em São Paulo para que os trens de passageiros e os de carga não usem a mesma ferrovia. "Queremos que os trens que venham da região central do Brasil com cargas não ocupem os trilhos dos trens que transportam passageiros, para que a gente possa fazer esse contorno e chegar ao Porto de Santos (SP) e, ao mesmo tempo, chegar ao Porto de Sepetiba (RJ) sem atrapalhar os trens de passageiros."

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