O ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo (PFL) afirmou ser um erro a não convocação de Roberto Requião, governador do Paraná, para o primeiro encontro do gabinete integrado de segurança dos Estados do Sudeste, nesta terça-feira (09) no Rio. ‘Apesar do Requião ser da Região Sul, ele está num ponto estratégico, que faz fronteira com São Paulo e Paraguai. Para se discutir segurança na região é preciso ter a participação do Paraná’, afirmou ontem Lembo.
O antecessor de José Serra (PSDB) no Palácio dos Bandeirantes também defendeu a ampliação do efetivo da Polícia Federal em São Paulo, reivindicação reforçada agora pelo tucano. ‘A Polícia Federal usa a Polícia Militar para escoltar os presos federais que vão para audiências e em transferências. Isso provoca gastos para o Estado’, disse, afirmando que o aumento no efetivo federal é um pedido antigo, do ex-secretário de Segurança Saulo Abreu. De acordo com Lembo, a PF tem hoje em São Paulo 6 mil agentes. ‘É muito pouco.’ O diretor-geral da PF, Paulo Lacerda, disse que São Paulo e Rio terão mais 1.500 agentes até dezembro.
Durante a reunião dos governadores, hoje, o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, vai alertar secretários dos outros Estados do Sudeste para a possível reação dos criminosos ao bloqueio das divisas pela Força Nacional. ‘Eles poderão sofrer conseqüências. Mas tenho falado com os secretários, estamos afinados’, disse Beltrame, que conversou ontem duas vezes com seu colega paulista, Ronaldo Marzagão.