Para Justiça, agentes da Anvisa têm 1 mês para voltar ao trabalho

Para a Justiça Federal, a liminar ordenando o retorno ao trabalho dos grevistas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Porto de Santos não é urgente. O processo em que foi expedida a ordem pela juíza substituta da 2ª Vara Federal de Santos, Marcelle Ragazoni Carvalho, foi enviado a São Paulo porque o sindicato da categoria tem sede na capital.

Segundo a Central de Mandados da Justiça Federal, o pedido não tem caráter de urgência, podendo ser cumprido em até 30 dias. O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência no Estado de São Paulo diz que mantém a greve por não ter sido notificado.

A greve dos funcionários da Anvisa – que já dura 67 dias – provocou prejuízos de R$ 200 milhões e demissão de pelo menos cem trabalhadores em empresas do Estado, conforme estimativas do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo, Campinas e Guarulhos (Sindasp/CG).

No escritório da agência no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas, os funcionários permanecem parados. Valdir Aparecido dos Santos, presidente do Sindasp, comentou que a Infraero enfrenta dificuldades para armazenar em Viracopos produtos retidos, que devem ser mantidos em câmaras frigoríficas

Pelo Brasil

Em assembléia geral, hoje à tarde, funcionário do Rio suspenderam a paralisação. Eles darão uma trégua de dez dias ao governo federal e, assim, esperam reabrir as negociações. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência Social do Estado do RJ (Sindisprev-RJ), Júlio César Tavares, disse que os funcionários cujos pontos foram cortados só voltarão ao trabalho se o governo pagar de forma integral o valor relativo a todos os dias da greve. Em Natal, os 34 servidores também suspenderam o movimento por dez dias.

Em Salvador, os 70 servidores da Anvisa na Bahia resolveram permanecer em greve. O estoque de remédios da Secretaria de Saúde dura mais 15 dias.

Em Bauru, oito cirurgias foram suspensas no Hospital Estadual e na Associação Hospital Bauru, interior de São Paulo. Em São José do Rio Preto, o Instituto de Moléstias Cardiovasculares adiou por tempo indeterminado a realização de seis cirurgias inéditas no País para colocação de novo tipo de marca-passo. Os eletrodos dos novos equipamentos ficaram retidos na alfândega. Em Marília, o hemocentro e o Hospital das Clínicas tentam obter medicamentos e reagentes com outros hospitais.

O Hospital Erasto Gaertner, referência no tratamento de câncer em Curitiba, zerou o estoque de dois quimioterápicos e está fazendo permutas com outras instituições. O hospital não está conseguindo revelar tomografias, o que atrasa a programação de cirurgias. O revelador quebrou, um novo foi comprado, mas o hospital não consegue liberá-lo.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna
Voltar ao topo