O deputado federal Raul Jungmann (PPS/PE), presidente da Frente Nacional Brasil Sem Armas, afirmou, neste domingo que, independente do resultado do referendo sobre a liberação ou não do comércio de armas e munições, a população sai fortalecida do pleito, já que agora está mais consciente para cobrar do poder público políticas de segurança de maior qualidade. A declaração foi feita após votar, no colégio Radier, em Recife.
Segundo o parlamentar, a expectativa é de que os indecisos resolvam votar a favor da vida, da paz e da solidariedade. Ele mandou um recado para quem ainda não compareceu às urnas: "não deixe que a desilusão mate o sonho, que a desesperança tire a oportunidade de construir um país onde se possa ter mais generosidade e menos egoísmo, mais vida e menos armas".
Ele avaliou que houve pouco tempo disponível nos meios de comunicação para que 122 milhões de brasileiros compreendessem nuances do estatuto do desarmamento e pudessem saber com maior clareza sobre as implicações da proibição do comércio de armas.
Na opinião de Jungmann, mesmo que o sim não saia vitorioso no plebiscito, fica o registro de que a sociedade aprendeu e se mobilizou para exigir uma segurança mais eficiente. Ele disse que, na próxima campanha eleitoral, em 2006, um dos primeiros pontos dos programas dos candidatos será a questão da segurança.
Frisou que o referendo, embora criticado por muitos, foi um ato necessário, importante e democrático, que mobilizou a cidadania do país.
