Brasília ? O ministro da Defesa e vice-presidente, José Alencar, defendeu hoje (30) uma maior presença das Forças Armadas na Amazônia e mais recursos financeiros para que o trabalho do Exército, da Aeronáutica e da Marinha possa ajudar no desenvolvimento da região. Alencar disse que não há nada mais importante para o Ministério da Defesa do que a Amazônia brasileira e que irá levar a sugestão de uma maior participação dos três ministérios na região para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Alencar participou da abertura do 1º Seminário Defesa Nacional em Debate: Amazônia.
"Nós estamos vivendo uma escassez de recursos. Tem que haver recursos para a Amazônia. Isso é absolutamente prioritário sob pena de nós darmos razão àqueles que falam que nós poderemos até perder a Amazônia", afirmou ele. No seu entendimento, nesse momento, "nada é mais essencial para o Ministério da Defesa do que a Amazônia".
Alencar citou a construção de um forte pelos portugueses no estado do Amazonas no ano de 1776 e as realizações de presidentes como Getúlio Vargas como a Consolidação das Leis de Trabalho (CLT), a criação do Senai, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e da Vale do Rio Doce, além do exemplo da construção de Brasília. Mas disse que, "hoje o Brasil tem mais recursos do que naquele tempo e mais do que nunca precisa voltar-se para a Amazônia".
Falando para uma platéia de militares e estudantes, o vice-presidente ressaltou sua convicção de que "a Amazônia é nossa e nós precisamos desenvolvê-la urgentemente". Para esse desenvolvimento que vai beneficiar os 13 milhões de habitantes de seis estados, Alencar sugeriu a "conscientização do Congresso Nacional e do Executivo de ponta a ponta para que nós valorizemos o trabalho desses poucos brasileiros, especialmente, o Exército, a Marinha e a Aeronáutica".
"É preciso que nós façamos crescer os recursos para que esses instituições que estão atentas às questões da Amazônia possam trabalhar com eficiência, porque o Brasil vai cobrar isso e já está cobrando isso. Só não cobra quem não conhece, porque ninguém pode gostar do que não conhece".