O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Nelson Jobim, afirmou hoje, em São Paulo, que a chamada ‘guerra de liminares’ para obtenção de direito de resposta, principalmente na televisão, promovida pelos candidatos à Presidência da República, é “normal e acontece em todas as eleições”. De acordo com ele, as liminares dão mais trabalho nas eleições municipais. “Em toda eleição acontece assim: os candidatos e os técnicos dos partidos testam os limites do direito de resposta. A guerra nas eleições municipais é muito maior, mais dura, por que são cinco mil e tantos municípios”, afirmou o ministro, que classificou a prática de “jogo político”.
Questionado quanto as declarações dos candidatos à Presidência Ciro Gomes (PPS-PDT-PTB) e Anthony Garotinho (PSB), de que o TSE favorece o candidato do governo, José Serra (PSDB-PMDB), Jobim ironizou. “Agora eu deixei de ser amigo do candidato José Serra e virei amigo do Zé Dirceu (José Dirceu, presidente do PT, candidato a deputado federal). Estou achando até engraçado”, disse Jobim.
O presidente do TSE afirmou também que a captação de sufrágio (compra de votos) será severamente punida nesta eleição. O ministro não confirmou se para identificar casos em que isso venha a ocorrer serão usados militares à paisana nos locais de votação. “Não comento sobre isso, até porque se eu revelar alguma coisa a ação perde o efeito”, disse Jobim.
O ministro garantiu está tudo pronto para as eleições. Ele lembrou que os resultados da eleição presidencial começarão a ser divulgados às 19h00 do dia 6. “Isso porque o Acre tem duas horas de diferença em relação à Brasília, então não podem ser divulgadas as notícias antes. Nos Estados serão divulgados assim que as urnas forem abertas”, antecipou o ministro.
Jobim disse que as parciais da apuração da eleição presidencial serão divulgadas de 10 em 10 minutos. As parciais dos pleitos estaduais serão atualizadas a cada 20 minutos. A previsão de término da apuração é por volta da zero hora do dia 7.
