Para Incra, invasões em série seguem calendário do MST

As invasões em série promovidas pelo MST e pela CUT em São Paulo não surpreenderam técnicos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Para eles, as ações seguem à risca o calendário do MST, que tradicionalmente intensifica as invasões entre fevereiro e março. O auge geralmente se dá no mês de abril. A exceção foi 2006, ano eleitoral.

O Incra não se manifestou oficialmente sobre as ações. A divisão paulista do instituto ficou encarregada de fazer o levantamento das áreas invadidas. Pelas informações preliminares, já se sabia que os alvos escolhidos eram, em grande parte, de propriedades que tinham sua produtividade questionada na Justiça.

De maneira informal, integrantes do Incra rebateram as afirmações do MST, de que o instituto era incapaz de dar posse de fazendas improdutivas. Como argumento, citaram o número recorde de assentamentos: de 2003 a 2006, 381 mil pessoas foram assentadas.

Embora o MST tenham afirmado que a onda de invasões tinha como objetivo cobrar ações mais rápidas do governo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário preferiu não se manifestar. Informou apenas que não é de praxe fazer comentários diante deste tipo de movimentação, sobretudo se ela é pacífica.

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