O comércio varejista foi beneficiado em 2006 pelo crescimento da renda e a continuidade da expansão do crédito, segundo avalia Nilo Lopes, técnico da coordenação de serviços e comércio do IBGE. Segundo ele, os dados acumulados de janeiro a novembro e em 12 meses – crescimentos nas vendas de, respectivamente, 6,25% e 6,10% – já permitem afirmar que o ano passado foi positivo para o varejo.
"O setor continua no ritmo da retomada iniciada em 2004", disse Lopes. Segundo ele, o bom desempenho do setor foi impulsionado pelo aumento do rendimento dos trabalhadores ao longo de 2006, incluindo o reajuste do salário mínimo, pela estabilidade de preços e, ainda, pelas expectativas positivas dos consumidores em relação ao desempenho futuro da economia. Além disso, segundo Lopes, o ano eleitoral gerou recursos extras na economia brasileira, otimizados pela tranqüilidade no processo de sucessão presidencial.
Os segmentos de super, hipermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com expansão acumulada de 7,64% no ano até novembro e de móveis e eletrodomésticos, com crescimento de 10 93% no período, puxaram a expansão das vendas do varejo em 2006, segundo Lopes.
Combustíveis
As vendas de combustíveis e lubrificantes cresceram 2,05% em novembro ante mês anterior, após dois meses consecutivos de queda nessa base de comparação. Segundo o técnico da coordenação de comércio e serviços do IBGE, o recuo nos preços dos combustíveis levou à reação do setor. Porém, houve nova queda nas vendas de combustíveis e lubrificantes (-2,58%) em novembro ante igual mês do ano anterior, ainda que menos intensa do que os recuos acima de 5% que vinham sendo registrados em meses anteriores. No ano de 2006, esse segmento acumulou até novembro queda de 8,33% nas vendas.
