Rio – O geriatra João Toniolo, da Universidade Federal de São Paulo, defendeu a realização de campanhas de vacinação em massa contra a gripe comum para a população, em geral, para fortalecer as pessoas, no caso de disseminação da gripe do frango. Ele explicou que a gripe comum deixa o organismo frágil, o que pode trazer sérias conseqüências no caso de uma infecção pelo vírus que transmite a gripe aviária.

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De acordo com o médico, anualmente ocorrem no mundo 600 milhões de casos de gripe comum, doença que têm os mesmos sintomas da gripe aviária. Ele informou que a medida preventiva segue a orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

"A Organização Mundial da Saúde não discute se vai ter pandemia. Infelizmente, a OMS discute quando vai ser a pandemia. O que a gente não consegue saber é a extensão disso. Pode parar tudo. Comércio, importação e exportação, pára hospitais. Então, não se vão ter leitos", afirmou o geriatra.

João Toniolo participou hoje (11) da Jornada Impacto da Influenza sobre a Aviação Comercial, primeiro encontro da aviação que discutiu os impactos da gripe aviária sobre o setor. Ele disse que o Brasil não corre tanto o risco de registrar a doença, porque os alimentos que o país produz são controlados e o sistema aviário é diferente do chinês.

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"A China tem 1,5 bilhão de habitantes e 14 bilhões de aves. Por isso, a doença aparece na região, a Ásia Leste, que tem uma parte de higiene muito ruim", afirmou Toniolo.

O médico, que integra o Grupo de Observação da Gripe de São Paulo (Grog), alerta que todo vírus da gripe é mutável. No caso da gripe aviária, o problema ocorre quando a contaminação passa a ser entre pessoas e o vírus se torna específico (H5M1). Toniolo informou que um plano de contingência está sendo finalizado pelo Ministério da Saúde, em colaboração com os governos estaduais, obedecendo as diferenças das diversas regiões do país.

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