Para gerentes de bancos, faltam mecanismos para facilitar microcrédito

Rio ? Gerentes e superintendentes dos bancos oficiais federais apontam que a falta de mecanismos que facilitem a liberação de crédito para pequenos empreendedores e a ausência de informações sobre os negócios das microempresas são um dos entraves para a inserção da população pobre na cadeia produtiva da economia brasileira.

A inclusão bancária da população de baixa renda tem levado os bancos oficiais federais a oferecer facilidades para abertura de conta corrente e ao mesmo tempo criar linhas especiais de crédito para que as pessoas que vivem na informalidade possam ter seu próprio negócio.

Representantes do Banco Popular do Brasil, um dos segmentos do Banco do Brasil; Caixa Econômica Federal; Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); Banco do Nordeste e Banco da Amazônia estão reunidos hoje (6) para trocar experiências sobre o microcrédito.

O programa Banco para Todos, do Ministério da Fazenda, por exemplo, tem uma linha de crédito de R$ 2,1 bilhões apenas este ano. Além de ser um programa que prevê a inclusão social e geração de trabalho e renda, ele também é o elo das ações implementadas pelos bancos federais voltados à inclusão bancária. O coordenador do banco, Walter Aguiar, destacou que das 12 ações do programa, oito tratam de empréstimos com juros mais baixos que os oferecidos pelo mercado e outras quatro são específicas para quem quer ser correntista.

De acordo com o gerente da divisão de produtos do Banco Popular, Antônio Waldir Oliveira Filho, desde julho do ano passado, 1,6 milhão de pessoas foram incluídas no sistema financeiro, seja por causa da abertura de contas ou por empréstimos bancários. Oliveira Filho disse anda que, em 18 meses, foram liberados aproximadamente R$ 160 milhões de reais em operações de microcréditos livres, numa média de R$ 100 por operação.

Já o gerente executivo do Banco da Amazônia, Oduvaldo Lobato Neto, apesar de considerar tímida a atuação do banco na área de fomento a microempresários, destacou que este ano o banco liberou R$ 18,5 milhões para empréstimos. Segundo ele, foram realizadas 33.518 operações de crédito, limitadas entre R$ 200 e R$ 600 reais, para pessoas físicas, e de até R$ 1 mil para microempresas.

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