Para Genro, Brasil deve combater ‘déficit’ de integração

O ministro avaliou que o governo deve aliar políticas de inclusão ao consumo básico e à educação com grandes políticas de desenvolvimento regional, "promovidas pelo Estado como indutor e organizador do crescimento sustentável". Genro apontou para o "débil estágio de integração sociopolítica do País" e citou as idéias de Geraldo Alckmin (PSDB), candidato derrotado nas urnas pelo presidente Lula, como exemplos do descolamento vivido no Brasil.

Para ele, a idéia de "choque de gestão" não tem significado na maior parte do País, "onde a máquina pública ainda não exerceu, para as grandes massas, as funções públicas mais elementares". O petista enfatizou ainda que a tese de corrupção no governo Lula "se chocou com a realidade do combate frontal à corrupção pelo próprio governo". Já a "tese da ‘incompetência’ do presidente", segundo ele, foi derrotada pela melhoria de vida sentida pelas parcelas mais pobres da população.

Na visão de Genro, o apoio que essas idéias e o próprio Alckmin receberam da "maior parte da imprensa" demonstram o "descolamento da parte mais avançada do capitalismo brasileiro do resto do Brasil".

Na nota, o petista ainda apontou como um equívoco a idéia de que a vitória de Lula foi a vitória do populismo. "O populismo não incorpora as massas populares no jogo democrático, mas as volta contra as instituições formais do Estado. E, ao contrário do que recomenda o populismo, Lula e o PT promoveram a incorporação dos ‘de baixo’ na democracia para promover a integração social do país por meio de um grande mercado de massas", disse. Ele defendeu "um mercado no qual o consumo popular ascendente ajude a eliminar a exclusão e a miséria e permita que todos se sintam pertencentes a um projeto democrático de nação".

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