O presidente nacional do PT, José Genoino, afirmou hoje, em entrevista à página do partido na internet, que as novas acusações do presidente nacional licenciado do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), sobre supostas irregularidades envolvendo o PT, desta vez, num esquema de desvio de dinheiro na empresa Furnas Centrais Elétricas, não têm fundamento e fazem parte de um jogo de provocação, com o objetivo de atacar a legenda.

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"Ele, mais uma vez, faz denúncias infundadas, que caem no vazio. É um exercício de provocação, sempre com o objetivo de atacar o PT", disse.

Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", publicada hoje, Jefferson afirmou que, segundo informações passadas pelo diretor de Engenharia da estatal, Dimas Toledo, "sobravam" R$ 3 milhões por mês na companhia – R$ 1 milhão era destinado ao PT nacional, pelas mãos do tesoureiro nacional da sigla, Delúbio Soares, e R$ 1 milhão seguia para a agremiação em Minas Gerais.

De acordo ainda com o presidente nacional licenciado do PTB, o dinheiro restante era dividido pela metade: R$ 500 mil para a diretoria de Furnas e R$ 500 mil repartidos entre um pequeno grupo de deputados, entre eles, parlamentares que, no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, trocaram o PSDB por partidos da base aliada.

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"O PT desconhece esse fato. Nunca tivemos relações com Furnas. Não conheço esse diretor, Dimas Toledo", afirmou Genoino. "O PT nunca participou de conversas com a direção do PTB sobre Furnas", disse.

Diretório

Também em entrevista à página do PT, a deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG), presidente do diretório regional da legenda em Minas Gerais, destacou que a comissão executiva da sigla no Estado estuda medidas judiciais contra Jefferson e que as contas da agremiação estão à disposição no Tribunal Regional Eleitoral (TRE).

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"O PT de Minas não recebeu esse dinheiro. Fui surpreendida com essa acusação agora pela manhã e estou indignada", disse Maria do Carmo.