Recordista de votos (293.057) no Rio de Janeiro, o deputado federal Fernando Gabeira (PV-RJ) disse que o seu partido foi rebaixado como Plutão, mas continua a existir. Ele comentava a cláusula de barreira, exigência que impõe aos partidos, a partir desta eleição, a necessidade de conquistar no mínimo 5% dos votos nacionais. Caso contrário, não receberão recursos do fundo partidário, não poderão participar de comissões e lideranças no Congresso e perderão parte do tempo de propaganda eleitoral.
"Plutão foi rebaixado, mas continua existindo. O PV também", declarou Gabeira, o único deputado federal eleito pelo partido no Rio. Em agosto, a União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês) rebaixou Plutão a planeta-anão. "Minha atividade não depende muito disso. Tenho oportunidade de participar de qualquer comissão, de falar quando preciso. Mas vai ser um problema para os que estão chegando." Ele diz que um dos caminhos é discutir uma integração com partidos existentes, numa espécie de guarda-chuva. "Há conversações com o PPS. Mas temos que esperar as reuniões para discutir as possibilidades.
Chico Alencar, único deputado federal eleito pelo PSOL no Rio, com 119.069 votos, comparou a situação do seu partido à de "uma criança recém-nascida que está sendo asfixiada". Ele afirmou que vai exercer a legislatura "para tentar alterar isso". "A sociedade brasileira não está contemplada inteiramente nos partidos que sobraram. Vamos lutar para defender o nosso direito à existência. O palco será a reforma política em 2007." Alencar argumenta que o registro legal do PSOL para disputar eleições tem apenas um ano. "Outros partidos tiveram dez anos para pensar em 2006, nós tivemos um ano. Não vamos nos auto-dissolver.