Com objetivo de aumentar a eficiência de atuação dos países do G-24 dentro do Fundo Monetário Internacional (FMI) e até mesmo garantir a legitimidade da atuação do Fundo, a representação "no poder de voto dos países em desenvolvimento precisa ser significativamente aumentada", de acordo com comunicado divulgado após o encontro do grupo realizado em Washington. Contudo, para os ministros do G-24, os aumentos de cotas e votos no FMI, uma necessidade reconhecida pelo Fundo para países que tiveram aumento de papel e peso no comércio mundial, não pode vir a custa de outros países em desenvolvimento.
O grupo presidido pela ministra da Economia da Argentina, Felisa Miceli, cita que reformas com objetivo de aumentar a representação dos países em desenvolvimento é de "extrema importância para a legitimidade e eficiência das Instituições de Bretton Woods". "Os ministros reiteraram a necessidade para uma reforma significativa para lidar com o déficit democrático", menciona o comunicado.
Mas, enquanto os ministros do G-24 reconheceram que no encontro do FMI, em setembro de 2006, a reforma lançada de Cotas e Votos abordou a necessidade do aumento do poder de votos de países cujos peso e papel na economia global tinham apresentado aumentos sensíveis, os ministros destacaram que esta mudança "não deve ocorrer à custa de outros países em desenvolvimento".
Para os ministros das nações em desenvolvimento, "a nova fórmula (de cálculo) de cota em discussão no FMI deve refletir o tamanho econômico relativo de países na economia global. PIB, medido pelo poder de paridade de compra, deverá ser a principal medida para determinar o peso econômico do país", estima o G-24.
No comunicado, os ministros citam que estão comprometidos em apoiar o FMI no fortalecimento da eficiência e independência da "vigilância na mudança do ambiente global". No entanto, os ministros têm dúvidas de que a revisão da decisão de 1977 do FMI Vigilância sobre Políticas de Câmbio seja necessária para implementar o objetivo de uma vigilância mais focada e efetiva. Segundo o comunicado, os ministros manifestaram "desapontamento" com o fato de que, quase após sete anos da adoção das Metas do Milênio, o progresso na distribuição de recursos de alívio aos países tenha sido estagnado.