Para Furlan, desafio agora é retomar mercado doméstico

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, afirmou hoje que o grande desafio do segundo mandato do presidente Lula será a retomada do mercado interno como motor do crescimento econômico. Furlan, que não revelou se quer permanecer no governo, disse que o fortalecimento do consumo doméstico passa pela redução dos juros e pela aprovação das reformas, como a tributária e a previdenciária, entre outras medidas.

Para Furlan, uma vitória com larga vantagem de votos sobre o candidato tucano dará ao presidente cacife para compor uma base governista capaz de aprovar as medidas necessárias no Congresso.

"A votação está tranqüila e as pesquisas têm mostrado que o presidente deverá ter mais de 60 milhões de votos", disse o ministro, depois de votar pela manhã em Alphaville, condomínio de Barueri, na Grande São Paulo. "O presidente tem mencionado que os próximos 60 dias serão preciosos para se compor uma base que assegure o avanço das reformas e que também garanta o caminho de crescimento da economia nos próximos anos".

O ministro explicou que o esforço do governo, no primeiro mandado do presidente Lula, foi o de aumentar as exportações, por dois motivos principais. Primeiro, segundo ele, porque era a maneira mais rápida de retomar a produção, uma vez que o mercado interno estava deprimido. Segundo, porque o crescimento das vendas externas garantiria tranqüilidade na área externa.

"Hoje, temos mais de US$ 40 bilhões de saldo da balança comercial, o risco Brasil caiu para 200 pontos e a dívida externa federal está abaixo do número das reservas do País", ressaltou. "Tudo isso criou um alicerce extraordinário para que o segundo mandato seja de forte crescimento no front interno".

Furlan não revelou se quer ou não permanecer no governo, embora tenha rebatido as críticas seguindo as quais suas chances de continuar teriam se reduzido pelo fato de ele não ter participado de forma ativa da campanha do segundo turno. Nos últimos meses, o ministro não alterou sua rotina de viagens.

"O combinado com o presidente foi que eu continuaria o meu trabalho, ou seja, ajudaria o País fazendo o meu trabalho, aquilo que eu sei fazer", contou. "Meu plano é continuar trabalhando até os 45 minutos do segundo tempo", afirmou, referindo-se ao término do atual mandato de Lula. "O presidente se manifestará, oportunamente, sobre sua equipe".

Nos próximos dias, Furlan deverá participar de uma reunião bilateral com o governo americano, em Washington, e na próxima semana, de uma missão à Rússia.

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