Para Fiep, lentidão na queda dos jurs engessa a indústria e impede crescimento do país
O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, criticou a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir em apenas 0,5% a taxa Selic. Rocha Loures disse que mesmo com a nona redução seguida, o corte de juros não reflete o ritmo da queda da inflação e lembra que o Brasil continua a praticar os juros mais altos do mundo.
Para o presidente da Fiep, o anúncio feito ontem pelo Copom não atende as necessidades da economia e continua a frustrar todos os setores produtivos. Ele considera insuficiente a redução e alerta que a manutenção dos juros básicos nesses patamares não vai tirar o país do estado letárgico em que vive hoje.
?É preciso deixar claro que não existe milagre nessa área. A equação é óbvia: se o Banco Central não acabar com a política monetária recessiva, a economia brasileira não terá como crescer?, afirma.
Com a queda de 0,5%, a Selic foi para 14,75% ao ano. Rocha Loures considera que não há justificativa para os juros básicos estarem ainda tão elevados, já que as estimativas para a inflação medidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) estão em 3,77%, bem abaixo da meta fixada para o ano de 4,5%?, avalia. ?Sem mudanças urgentes nessa política, a indústria brasileira vai definhar.?