Os técnicos do atual governo não vêem, em princípio, incompatibilidade entre o que é feito atualmente e o que será a orientação seguida pelo futuro governo do PT, mais voltada para patrocínio de esportes comunitários e escolares. No caso das empresas de economia mista, como o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, eles alegam que o dinheiro gasto em patrocínio não é do Orçamento da União, nem sai do caixa do Tesouro Nacional.   Sai do orçamento próprio das instituições que estão convencidas que esse tipo de patrocínio, além de contribuir para a promoção dos atletas e do nome do País no exterior, traz retorno certo.

O Banco do Brasil gasta R$ 25 milhões por ano no patrocínio do tênis, vôlei de quadra masculino e feminino (do infantil ao nível adulto) e vôlei de praia. Tudo isso, segundo o BB, faz parte do marketing esportivo, que dá retorno à instituição. Mesma coisa ocorre com a Caixa Econômica Federal, que gasta R$ 2 milhões por ano patrocinando o atletismo. Já o patrocínio da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) é voltado para os esportes aquáticos. A ECT destina R$ 4,5 milhões atualmente para a Confederação Brasileira de Desporto Aquático (CBDA).

Nenhuma das três empresas públicas quis comentar o conteúdo do Estatuto do Desporto, aprovado quarta-feira na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Segundo o deputado Gilmar Machado (PT-MG), o estatuto prevê que o dinheiro público seja prioritariamente aplicado na promoção do esporte educacional e no apoio às delegações brasileiras em eventos internacionais.

As instituições patrocinadoras usam o nome dos atletas famosos em peças publicitárias. É o caso do BB com Guga. O Correio usa as imagens de Gustavo Borges e Fabíola Molina, dois craques da natação. Na avaliação dos técnicos o patrocínio hoje é diversificado, atinge várias modalidades de esportes e em diversos níveis.

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