Para empresários, impostos dificultam venda de computadores

Rio – O governo federal tem financiado a compra de computadores para lojas interessadas em revender o produto a preços baixos e para os próprios consumidores. Mais conhecida como programa Cidadão Conectado – Computador para Todos, a iniciativa é elogiada pelos empresários do setor. No entanto, eles defedem redução na carga tributária para os fabricantes de computadores nacionais como uma medida mais eficaz.

O presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação, Software e Internet (Assespro Nacional), Ricardo Kurtz, acha que só a redução nas taxas vai estimular a redução efetiva do preço dos produtos ao consumidor final.

Kurt até acredita que haverá um incremento nas vendas de microcomputadores com o programa federal. Mas, na opinião dele, esse aumento não terá o impacto que o governo ou a comunidade de informática esperam.

De acordo com o presidente da Assespro, dificilmente será alcançada a meta de venda de sete milhões de microcomputadores nos próximos três anos, dos quais cinco milhões para famílias de baixa renda e dois milhões para micro e pequenas empresas. "Se chegar à metade dessa meta já vai ser um grande feito", avaliou.

Para Kurt, o percentual do subsídio governamental no programa é muito baixo e não está levando a uma diminuição no valor final do produto condizente com o objetivo do projeto. Atualmente, os bancos públicos subsidiam os computadores incluídos no programa até um valor de cerca de R$ 800.

"É um benefício o que aconteceu, mas não chega nem perto do que uma pessoa que tem uma baixa renda precisa de ajuda para fazer essa compra", afirmou o presidente da Assespro. "Esse é o financiamento que ele (governo) faz, mas um computador hoje em dia está em torno de R$ 1,4 mil, com essas configurações mais simples sendo oferecidas ao mercado consumidor."

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