As elevadas taxas de juros perderam importância no ranking dos principais problemas apontados por empresários da indústria de transformação. É o que mostra a Sondagem Industrial do quarto trimestre de 2006, divulgada nesta quarta-feira (31) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O gerente-executivo da Unidade de Pesquisa, Avaliação e Desenvolvimento da CNI, economista Renato da Fonseca avalia que o resultado da pesquisa reflete a queda da taxa Selic ao longo de todo o ano passado.
Entre as pequenas e médias empresas, o item caiu uma posição e ficou em terceiro lugar no ranking. Já entre as grandes, perdeu duas posições e passou para o quarto lugar. Na comparação com o quarto trimestre de 2005, recuou de 41% para 34% o número de pequenas e médias empresas que apontaram a taxas de juros como principal problema. Entre as de grande porte, o índice passou de 48% para 37%.
A alta carga tributária continua liderando o ranking como o principal entrave para a indústria. Entre as grandes companhias, o porcentual de empresários que assinalaram este item subiu de 66% no quarto trimestre de 2005 para 69% no último trimestre de 2006. A taxa cambial continua sendo o segundo maior problema para as grandes empresas. Avançaram de 46% para 49% as indicações de que a valorização do real frente ao dólar é um dos principais problemas enfrentados pelo setor. Para as pequenas e médias empresas, a taxa de câmbio ocupa a sexta posição na lista tendo em vista um porcentual menor de exportadores entre essas empresas em relação às de grande porte.