Brasília – A diretora-gerente adjunta do FMI, Anne Krueger, declarou há pouco que o progresso feito pela economia brasileira "é muito impressionante". Ela destacou, em rápida entrevista, que a economia cresceu muito no ano passado e acredita que continuará expandindo em 2006 e 2007, mas para isso Krueger ressaltou que é necessária que seja mantida a atual linha de política econômica.
Numa referência indireta ao resultado do PIB do terceiro trimestre, a diretora adjunta disse que flutuação de curto prazo são "normais". Ela também enfatizou que o esforço da equipe econômica do governo tem conseguido obter uma boa resposta do mercado financeiro. Nesse sentido, ela citou o fato de que a inflação está caindo para níveis anteriores aos da turbulência verifica em 2002, quando chegou a bater na casa dos 12%.
Ela também elogiou o esforço do governo para reduzir a dívida líquida do setor público. Isso, segundo Krueger, reduz a vulnerabilidade do País a eventuais crises externas. "O próprio governo reconhece, entretanto, que pode fazer mais", disse Krueger. Durante sua rápida exposição, ela destacou a redução da pobreza no País, do desemprego e da desigualdade social apontada pela Pnad. Krueger também citou o fato de que até o final do mandato do presidente Lula serão atendidas por programas de transferência de renda cerca de 11 milhões de famílias. Para Krueger, a atual política econômica tem sido fundamental para reduzir a pobreza no País.
Krueger também destacou que o Brasil está sabendo aproveitar os benefícios da globalização da economia mundial. Segundo ela, o governo mostrou-se comprometido em priorizar reformas estruturais da economia brasileira e também em elevar a qualidade e a eficiência dos gastos públicos.
Ao final de sua declaração, a dirigente do FMI disse que o Brasil pode contar com o apoio do organismo, inclusive no campo consultivo. Ela informou em sua rápida exposição que participou ontem à noite de um jantar com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, e que também esteve reunida com o presidente do BC, Henrique Meirelles. Ela agradeceu a recepção, que chamou de "calorosa", dada a ela pelo presidente Lula, e disse que tem grande prazer em visitar o Brasil.