O ministro da Casa Civil, José Dirceu, fez hoje (22) um balanço da reforma ministerial, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, as negociações em torno da reforma não interromperam o andamento dos programas do governo ou a pauta de votações no Congresso Nacional.
"Não vejo que nenhum ministério tenha parado de trabalhar por causa da reforma", avalia o ministro. "Temos 26 meses de governo e experiência sobre mudança ministerial. O governo tem planejamento e plano de ação que muitas vezes independe de decisões conjunturais."
De acordo com Dirceu, o presidente Lula já convocou todos os ministros para uma reunião na próxima segunda-feira, após o feriado. A equipe ministerial terá dois novos integrantes: o senador Romero Jucá (PMDB-RO) no Ministério da Previdência e o deputado federal Paulo Bernardo (PT-PR) no Ministério do Planejamento.
O ministro da Casa Civil também não vê enfraquecimento dos ministros que continuam no cargo após a reforma. "Eles têm a delegação de poder do presidente, nem sei porque ficariam enfraquecidos", avalia Dirceu. "O ministro Humberto Costa, por exemplo, continuou coordenando a intervenção nos hospitais do Rio e esteve em vários estados nos últimos dias."
Sobre a possibilidade do Partido Progressista (PP) integrar o governo, o ministro lembra: "É uma questão que compete ao presidente. Se o presidente convidar o PP para participar do governo e o PP aceitar, acredito que participará do governo."