O deputado Delfim Netto (PP-SP) afirmou que eventuais efeitos para o mercado financeiro propiciados pela eleição do novo presidente da Câmara Federal, Severino Cavalcanti (PP-PE) serão passageiros. "Isso vai passar logo. Pode ter algum movimento aqui ou alí, mas não ocorrerá nada grave", comentou. "Não há motivo para apreensão pois está tudo como antes: a pauta do Poder Executivo junto ao Congresso não será alterada em nada. A base governista é a mesma e não vai mudar", acrescentou.

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"O fato é que o PT se desmanchou, foi incapaz de se auto-coordenar, pois apresentou dois candidatos ao cargo e o governo perdeu." Para Delfim Netto, colega de partido de Cavalcanti, a agenda do governo junto na Câmara dos Deputados e no Senado Federal não sofrerá alterações em seus 12 pontos, entre eles a reforma trabalhista e a reavaliação da Medida Provisória 232, que aumenta a base de cálculo da Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL) e do IR retido na fonte para os prestadores de serviços que optarem por pagar com base no lucro presumido.

"A eleição do novo presidente da Câmara não vai interferir em questões importantes, como a autonomia do Banco Central e medidas tributárias, como a unificação do ICMS", afirmou. "Não haverá impactos na reforma ministerial, pois a base do governo está aí como antes, intacta", comentou Delfim.

Para o deputado, há questões importantes que devem ser tratadas com o novo presidente da Câmara, como a questão das Medidas Provisórias. "É preciso criar uma comissão que deverá analisar se a medida provisória é de fato urgente, necessária e relevante", recomendou.

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"A eleição do Severino Cavalcanti é boa para a democracia, porque ela diminui aquela relação endogâmica do governo com o Congresso", afirmou o deputado Delfim Netto. "O Poder Executivo respeita a Câmara e a Câmara respeita o Executivo. É só isso".