Para CNI, economia não deve crescer com força no 4.º trimestre

O coordenador de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, avaliou hoje que o resultado da Sondagem Industrial relativa ao terceiro trimestre de 2006 mostra que a economia não deve crescer fortemente no último trimestre, de forma a reverter as expectativas de crescimento do PIB para este ano. A sondagem demonstrou um baixo otimismo dos industriais em relação à expectativa de faturamento e venda para o mercado externo, nos próximos seis meses.

Segundo Fonseca, as estimativas de crescimento do PIB devem continuar nas taxas atuais. "A Sondagem Industrial não mostra uma expectativa de recuperação estupenda no último trimestre, de modo a reverter as expectativas do PIB, que já foram revistas para baixo", disse. Ele, no entanto, estima uma recuperação da atividade industrial para pequenas e médias empresas.

Fonseca acredita que a recuperação que ocorreu com as grandes empresas no terceiro trimestre deve puxar o desempenho das pequenas e médias, nos últimos três meses, já que muitas delas são fornecedoras para as grandes empresas. Ele também destacou que os setores mais afetados pelo câmbio são os que apresentaram desempenho negativo na produção industrial. Segundo a pesquisa da CNI, os setores de couro, madeira, vestuário e equipamentos hospitalares e de precisão são os que tiveram a menor evolução da produção no terceiro trimestre, enquanto os setores de álcool limpeza, perfumaria, farmacêuticos e químico tiveram um melhor desempenho.

Fonseca destacou que o único fator que pode afetar essa previsão de melhora para pequenas e médias empresas no último trimestre é a expectativa das grandes empresas de menor crescimento no faturamento no último trimestre indicando uma posição mais cautelosa em relação aos investimentos e à compra de matérias-primas.

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