Para cientista, não há risco de desequilíbrio por causa da seca na Amazônia

Manaus (AE) – A mortandade de peixes nos lagos da Amazônia, apesar do enorme impacto visual, não terá conseqüências catastróficas nos próximos anos. A avaliação é do ecólogo Geraldo Mendes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa). "Na verdade, esses peixes servem de alimento para outros peixes, uma espécie de adubo dos rios", afirmou. O cientista participou hoje de um seminário sobre as conseqüências da seca no Amazonas, promovida pela Secretaria do Estado do Meio Ambiente.

Para Mendes, não haverá desequilíbrio nos próximos períodos de desova dos peixes. "É possível que haja até mais fartura de algumas espécies, pois os peixes que morreram foram na maioria predadores, como piranhas e tucunarés", disse.

Lixo – De acordo com o cientista, a causa principal da morte dos peixes foi o lixo acumulado nos lagos e igarapés. "Além de entregar alimentos e cloro, o governo deveria também fazer uma campanha educativa para as pessoas não jogarem lixo nos rios." O lixo, segundo o cientista, faz com que a água fique mais turva e, conseqüentemente, com menos oxigênio, o que causou a mortandade dos peixes.

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