Para Campos, liberação de pesquisas com célula tronco é seu maior legado social

O ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos (PSB-PE), disse hoje (15) que a aprovação, pelo Congresso Nacional, da lei que autoriza pesquisas com células tronco foi o maior legado social de sua gestão. Campos, que por um ano e meio foi ministro da Ciência e Tecnologia (assumiu em janeiro de 2004), deixa o cargo na próxima terça-feira (19). Ele será substituído pelo presidente da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), Sérgio Rezende.

"A lei beneficia diretamente cinco milhões de brasileiros que são portadores de enfermidades e vão poder ficar curados", assegurou. Para ele, devido a aprovação do projeto, o Brasil vai se tornar, em breve, o mais importante centro de pesquisa sobre células tronco do mundo.

Em entrevista no aeroporto internacional dos Guararapes (Recife), Campos também destacou como ponto alto do seu trabalho à frente do ministério a parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que resultou no desenvolvimento tecnológico da agricultura de subsistência. "Tinha muita pesquisa sobre soja, mas faltavam informações sobre culturas como milho, feijão, batata doce", afirmou.
Campos, que ao deixar o ministério reassume mandato de deputado federal, disse que continuará ajudando o presidente Lula a manter o Brasil crescendo com qualidade e sustentabilidade. Ponderou, no entanto, que o Brasil deve enfrentar, "ainda por algum tempo", um período de turbulência. Mas disse acreditar que, passado esse processo, o país sairá fortalecido e confiante nas suas instituições e na democracia.

"O presidente da república é um homem do povo, honrado e sério, que está determinado a esclarecer tudo o mais rápido possível para que o Brasil volte a realizar investimentos produtivos em benefício do povo", defendeu.

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