A antecipação das eleições presidenciais na Argentina em cinco meses foi avaliada pelo governo brasileiro como um sinal de que os termos de uma possível ajuda financeira do Fundo Monetário Internacional (FMI) serão implementados por um governo com real legitimidade e representatividade. Do ponto de vista interno, fontes do governo acreditam que o calendário mais curto facilita a preservação do Partido Justicialista, o mesmo de Duhalde e do ex-presidente Carlos Menem, no Poder.

O primeiro recado teria a função de trazer maior tranqüilidade, tanto para os dirigentes do Fundo, que negociam sem data final um acordo com a Argentina, como para o mercado financeiro. O embaixador do Brasil na Argentina, José Botafogo Gonçalves, concorda a tese e argumenta que a antecipação das eleições não fragiliza a atual equipe econômica argentina, neste momento de finalização das negociações em curso. O embaixador acredita que o processo eleitoral não será um fator de aumento da turbulência na economia do país.

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