O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, defendeu nesta sexta-feira (26) o governo em relação às críticas de que o crescimento econômico estaria garantido se houvesse um nova reforma tributária capaz de reduzir o peso dos impostos sobre a produção. "O governo concorda que tem que diminuir a carga tributária, mas temos que nos entender sobre a forma de fazer isso", disse o ministro. O ideal, segundo ele, seria fazer "uma ampla e abrangente reforma tributária", mas é preciso ter uma avaliação clara sobre a viabilidade política de aprovação de uma reforma pelo Congresso. "Qualquer reforma tributária enfrenta um grande embaraço político quando bate na repartição dos recursos", disse Bernardo.

continua após a publicidade

Nessas negociações, cada um dos "entes federativos quer elevar a sua parte". O ministro ponderou que se houver uma análise sobre o discurso político dos governadores nos últimos 15 anos, é possível observar os entraves às negociações. "Precisamos criar a consciência de que a sociedade não tem mais como aumentar a carga tributária, mas também temos que colocar em acordo que essa mudança deve ser feita de forma gradativa", disse à Agência Estado.

As questões fiscais devem ser trabalhadas, na opinião de Bernardo, tomando como base um horizonte de longo prazo e, por isso mesmo, a necessidade de o País voltar a ter uma expansão econômica. "A questão do crescimento econômico é essencial. Só aí teremos maiores possibilidades de redividir o bolo e baixar a carga tributária e fazer os investimentos", disse.

continua após a publicidade