Para assessoria, não há provas de que suspeita entregou dinheiro a ministro

Brasília – A assessoria do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, convocou os jornalistas nesta segunda-feira (21) para mostrar que não há provas de que a diretora comercial da construtora Gautama, Maria de Fátima Palmeira, investigada pela Operação Navalha, da Polícia Federal, teria entregue propina ao ministro. Os assessores e seguranças, que não quiseram gravar entrevistas, distribuíram cópias da agenda do ministro e da relação de visitantes do gabinete.

A Gautama é acusada de integrar um esquema de pagamento de propina a políticos e servidores públicos para obter vantagens em licitações públicas. Os assessores do ministério percorreram os corredores do gabinete com os jornalistas. Entre o elevador privativo e o gabinete do ministro, existe um corredor que dá acesso a sete salas. Uma delas era ocupada exatamente pelo assessor do ministro Ivo Costa, preso pela Polícia Federal e que recebeu Maria de Fátima.

As imagens do circuito interno de TV, divulgadas pela imprensa como parte de um relatório interno da Polícia Federal, mostram a visitante no elevador privativo e no corredor de acesso ao gabinete do ministro. Segundo os documentos apresentados pela assessoria, a visita da diretora da empresa consta na lista de identificação dos visitantes do gabinete às 12h52 do dia 13 de março.

Contudo, a visita teria sido especificamente ao assessor Ivo Costa. Os assessores apresentaram a agenda do ministro para defender que Maria de Fátima Palmeira não teria encontrado Silas Rondeau.

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