O candidato à Presidência da República pela coligação PSDB-PFL, Geraldo Alckmin, afirmou nesta sexta-feira (15) que o presidente e candidato à reeleição pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, foi totalmente irresponsável ao dizer que 81% das quadrilhas e escândalos desmontados pela Polícia Federal tiveram origem no governo do ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso. "Essa é a estratégia do PT, que diz que somos todos iguais. Não, não, não somos todos iguais, pois a corrupção no governo Lula não são fatos isolados", criticou ele na capital paulista.
Segundo o tucano, a filosofia que predomina no governo petista é a de "aparelhamento do Estado, de que os fins justificam os meios e a do vale-tudo". Ele lembrou que o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, chamou de quadrilha os responsáveis pelos escândalos neste governo. E emendou: "nós não aceitamos isso". O candidato comentou ainda que em Juiz de Fora ouviu o ex-presidente da República Itamar Franco comentar que após o impeachment de Fernando Collor de Melo, o único partido que não quis ajudar na reconstrução do País foi o PT.
O ex-governador paulista, que gravou entrevistas para a TV Cultura, também refutou as acusações divulgadas pela revista IstoÉ, a respeito do eventual envolvimento do candidato do PSDB ao governo de São Paulo, José Serra, na máfia das ambulâncias. "Não tem prova alguma, é acusação de véspera de eleição", ressaltou. Ele voltou a criticar o PT, dizendo que essa é a lógica de defesa do Partido dos Trabalhadores, "que não diz que vão punir ou moralizar a administração pública, mas utiliza a desculpa esfarrapada de que já aconteceu antes". Além disso, Alckmin salientou que o acusador Darci Vedoin já mudou a versão mais de dez vezes, "cada hora fala uma coisa".
Ao comentar a mais recente pesquisa CNI/Ibope, divulgada hoje, Alckmin voltou a falar que estará no segundo turno destas eleições presidenciais, e previu: "Lula não deve passar dos 45% (das intenções de voto) no dia 1º de outubro, vocês podem me cobrar isso depois".