O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, afirmou nesta sexta-feira (27) que não há limitação de prazo legal para o fechamento das negociações que estão em andamento com o governo da Bolívia, referentes ao processo de nacionalização das duas refinarias da estatal brasileira naquele país – Gualberto Villarroel (de Santa Cruz) e Guillermo Elder Bell (de Cochabamba).

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Em rápida entrevista coletiva à imprensa, concedida após assinatura de contrato de arrendamento da Usina de Piratininga, no Palácio dos Bandeirantes, Gabrielli destacou que as conversas em torno do assunto continuam e que não há, ainda, conclusões sobre valores. "Não temos prazo nenhum para concluir as negociações. As reuniões se intensificaram nos últimos dias e se voltam, neste momento, para a questão da refinaria. Tivemos avanços nas negociações em vários aspectos e a expectativa é de que tenhamos uma solução negociada.

Apesar das informações de que as negociações sobre o controle das refinarias voltaram a ficar tensas, o presidente da Petrobras disse que a aposta é num acordo favorável e reiterou que ainda não se chegou a um acordo sobre o preço das refinarias. "Um acordo favorável é preço adequado para os nossos ativos." Ao ser indagado sobre o preço adequado para essa negociação com o governo boliviano, retrucou: "Isso eu não vou dizer, evidentemente." Segundo ele, a constituição boliviana diz que a nacionalização é possível com indenização prévia e justa. "Estamos de acordo com a constituição boliviana", emendou.

Questionado sobre as informações de que o governo da Bolívia poderia usar novamente o dia 1º de maio para anunciar a publicação de um decreto de expropriação das duas unidades da Petrobras, Gabrielli argumentou que "é muito difícil responder sobre hipóteses", voltando a dizer que não há prazo legal nenhum para concluir as negociações, incluindo o dia 1º de maio. "A expectativa é de que nada aconteça (neste dia). E se acontecer, é um problema de responsabilidade da Bolívia, não é nosso.

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