Apagar o vexame de 2002 é a principal meta da seleção da Arábia Saudita na Copa do Mundo. No último Mundial, a equipe segurou a lanterna do Grupo E, com três derrotas em três jogos, nenhum gol marcado e a pior goleada da competição: 8 a 0 diante da Alemanha, no jogo de estréia.
"Essa lembrança ainda machuca os jogadores e a torcida", afirmou o brasileiro Marcos Paquetá, que assumiu o cargo de técnico da equipe no começo do ano.
Ele diz que uma de suas fontes de inspiração é o trabalho realizado na Copa de 2002 por Guus Hiddink à frente da Coréia do Sul, que, sem nenhuma tradição no futebol, conseguiu chegar às semifinais e ficar com o quarto lugar. "Ele mostrou que a um bom conjunto é mais importante do que a qualidade individual dos jogadores", afirmou o técnico, que já foi responsável pelas categorias de base da seleção brasileira – em 2003, foi campeão mundial com as equipes sub-17 e sub-20.
Para Paquetá, apostar na coletividade é fundamental. "Temos poucos talentos individuais, ninguém joga na Europa, mas o grupo é forte e pode surpreender", disse.
A Arábia Saudita está no Grupo H e estréia na Copa no dia 14 de junho, contra a Tunísia, em Munique. O grupo tem ainda Espanha e Ucrânia. "A Espanha é favorita e a Ucrânia será um adversário duro, mas podemos vencer a Tunísia e conseguir empates nos outros jogos, quem sabe?"
Nesta quinta-feira, a Arábia Saudita enfrenta a Bélgica, em Sittard, na Holanda. No domingo, no mesmo local, pega o Togo. Até a Copa, o time de Paquetá faz mais quatro amistosos, contra a República Checa, no dia 26, em Innsbruck, na Áustria; a Turquia, dia 31, em Offenback, na Alemanha; a Argentina, no dia 4 de junho, em local ainda não definido na Alemanha; e a Bósnia, no dia 7, em Munique.