Cerca de 20 embaixadores de países de maioria muçulmana na Santa Sé são esperados no encontro de amanhã com o papa Bento XVI, no Castelgandolfo, sua residência de verão.
A reunião foi convocada para que o pontífice possa esclarecer o sentido de seu polêmico discurso – feito no último dia 12 na Alemanha e no qual se referiu ao Islã e a Maomé, provocando protestos em diversos países muçulmanos.
Entre os países que participarão do encontro estão a Indonésia, onde tensões entre cristãos e muçulmanos resultaram na execução de militantes católicos, além do Egito, Irã, Iraque, Líbia, Marrocos e Turquia, país que o papa deve visitar em novembro. Líderes de comunidades muçulmanas na Itália também devem comparecer.
O encontro vai começar com um discurso do cardeal francês Paul Poupard, presidente do conselho para o diálogo inter-religioso, seguido de uma intervenção do papa Bento XVI.
Poupard declarou hoje ao jornal italiano La Repubblica que o encontro "é um sinal claro de que o diálogo está retornando á normalidade depois de momentos de desentendimentos".