O julgamento teve início às 10 horas, em meio a estritas medidas de segurança, na sede do tribunal Marítimo do Panamá, 10 quilômetros a sudeste da capital, sob a presidência do juiz Enrique Paniza, em meio a acusações de violações do processo devido, por parte da acusação.
O plano do atentado
Luis Posada Carriles, Pedro Crispín Remon, Guillermo Novo, Gaspar Jiménez, Concepción Figueroa Rojas, José Manuel Hurtado, César Andrés Matamoros e Raúl Rodríguez Hamouzova, este último evadido, foram detidos em novembro de 2000 quando organizavam um atentado por ocasião da Cúpula Íbero-Americana, que teria a participação de Fidel Castro.
O plano consistia em assassinar Fidel por meio de explosivos, quando este participasse de um ato de solidariedade a Cuba no auditório da Universidade Nacional. Pela potência dos explosivos encontrados com os réus, a explosão afetaria também o complexo hospitalar da capital panamenha e um bairro popular próximo ao campus.
A denúncia do atentado foi feita pelo próprio presidente cubano, ao chegar a Cidade do Panamá. Diante dela, as autoridades policiais prenderam os conspiradores, da posse de diagramas do plano, dos explosivos e armas que utilizariam. O julgamento teve início dois anos e 17 dias após as prisões.
Os réus respondem por acusações de porte ilegal de armas, falsidade, atentado à segurança do Estado, atentado à vida, à liberdade de reunião, ingresso ilegal no país, quadrilhagem.