O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, disse que deputados e senadores têm consciência e responsabilidade sobre as votações que realizam no Congresso Nacional. Por isso, Palocci disse que não acredita no desvio da agenda de votações por causa da crise política. "Eu não acredito que o Congresso vá se desviar dessa rota".

continua após a publicidade

Para o ministro, muitas conquistas do Brasil nos últimos três anos não são exclusivas do governo, mas são conquistas colocadas em prática pelo Congresso. O ministro citou como exemplo a Reforma do Judiciário, a Lei da Construção Civil e a Lei de Falências, que foi votada este ano depois de uma década parada no Congresso.

Palocci ressaltou que, quando há conflito nas votações, os próprios parlamentares se encarregam de resolvê-lo. E lembrou a votação para aumento do salário mínimo na semana passada, quando houve divergências entre os parlamentares quanto ano novo valor. "O próprio Congresso, sem que houvesse a necessidade do presidente Lula tomar uma atitude, corrigiu aquela mudança fruto de um conflito político", afirmou.

O ministro citou também a reforma do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Para ele a proposta é um avanço extraordinário que irá funcionar "como funcionam as melhores economias do mundo". Palocci também disse que o sistema de resseguros no Brasil deverá ser alterado. "Só Brasil, Cuba e Costa Rica mantém resseguros como atividade exclusiva do estado. O seguro é uma atividade de risco. O correto é que seja internacional, não nacional, nem estatal".

continua após a publicidade

Essas medidas, segundo o ministro, contribuirão para que a produção potencial de riquezas (Produto Interno Bruto) do Brasil seja aumentada. "Se essas votações ocorrerem, o PIB potencial aumenta. Se essas votações não ocorrerem, nós não vamos ter crise, vamos perder oportunidades", disse o ministro.