Um dos principais fatores para manter o equilíbrio fiscal do país é a previdência social, disse o ministro da Fazenda, Antônio Palocci. Ele, que acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em viagem à Coréia do Sul, defendeu um "choque de gestão" na previdência, que poderá resultar em novas leis para a área. "Mas acho que não deveriam mexer com medidas legais antes de arrumar a gestão da previdência, que está visivelmente desarrumada. Isso está causando prejuízos fiscais enormes ao país", afirmou o ministro.
Segundo Palocci, essa reorganização vai levar alguns anos para ser aperfeiçoada, "mas precisa começar já. E precisa ser feita progressivamente, existem várias frentes em que a previdência precisa mudar bastante". Segundo o ministro, os ajustes não questionariam direitos dos aposentados, mas melhorar a gestão para preservá-los.
O ministro elogiou a reforma da Previdência que foi feita nesses dois primeiros anos de governo, e disse que os trabalhos já estão produzindo resultados. "O déficit da previdência pública caiu de forma significativa."
Para Antônio Palocci, o processo contra o ministro da Previdência Social, Romero Jucá, não afeta a gestão da previdência. "Esse tipo de investigação faz parte do processo institucional brasileiro, temos instituições fortes, equilibradas, que são capazes de fazer esse tipo de procedimento de forma serena e adequada, sem comprometer o andamento dos trabalhos do Executivo e do Legislativo".