Brasília – O ministro da Fazenda, Antonio Palocci, afirmou há pouco, na CPI dos Bingos, que nunca usou recursos de caixa 2 em suas campanhas eleitorais. Ele lembrou que em 1992 foi candidato a prefeito de Ribeirão Preto e disputou uma campanha em que tinha poucos recursos. "Comecei a campanha em quinto lugar e acabei ganhando a eleição numa disputa muito difícil", disse Palocci
Na campanha para a prefeitura de Ribeirão Preto, em 2002, o ministro disse que recebeu um volume maior de contribuições de empresas da cidade e acabou vencendo o pleito ainda no primeiro turno. Ele explicou que o aumento das contribuições ocorreu em função das empresas passarem a ter um conhecimento melhor de como seria uma gestão do partido dos trabalhadores na prefeitura de Ribeirão Preto. Palocci afirmou ainda que não precisava de recursos de caixa 2 em suas campanha e que todas as suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral.
O ministro negou que tenha manifestado a intenção de deixar o cargo se fosse convidado a depor na CPI dos Bingos, ou se seu irmão, Ademar Palocci, também fosse depor na comissão. "Essas informações são falsas. Eu jamais procederia assim. Jamais usaria a sensibilidade do meu cargo para constranger a comissão", disse Palocci
Sobre as denúncias de irregularidades no Banco do Brasil, o ministro disse que o BB fez uma longa sindicância interna sobre as denúncias e que todo o trabalho de sindicância foi encaminhado à CPI dos Correios. "A presidência do Banco do Brasil tomou todas as providências e agiu de forma correta", afirmou. Palocci negou que tenha exercido algum tipo de pressão sobre a Previ, fundo de pensão dos empregados do BB, para fechar um acordo com o Citibank. "Não fiz nenhuma tratativa que envolvesse esse tipo de negócio", disse Palocci, em resposta ao senador Cesar Borges (PFL-BA).
