O ex-ministro da Fazenda e candidato a deputado federal Antonio Palocci (PT) está tranqüilo e não se opõe à quebra do sigilo telefônico da sua antiga residência oficial, autorizada pela Justiça Federal a pedido da Polícia Federal de Brasília. A informação é do advogado de Palocci no caso, José Roberto Batochio.
O pedido de quebra de sigilo feito pela PF diz respeito apenas ao período de uma semana em que Palocci foi acusado de ter comandado a violação do sigilo bancário do ex-caseiro Francenildo dos Santos Costa. Batochio criticou a investigação, afirmou que já ficou comprovada a inocência de Palocci no caso quando a quebra do sigilo foi assumida pelo ex-presidente da Caixa Econômica Federal (CEF), Jorge Mattoso, demitido com o ex-ministro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Toda a acusação foi para o espaço. Como não há nada contra o ex-ministro, querem vinculá-lo à divulgação do caso feita pela imprensa", disse Batochio. "Se a Polícia Federal não descobrir nada, e isso vai acontecer, será que ela que dará um atestado informando sobre a inocência?", completou o advogado.
Batochio disse, no entanto, estar preocupado com a divulgação de outras informações que possam ser segredo de Estado obtidas a partir da quebra do sigilo do telefone da residência oficial do ministro da Fazenda. "E se alguma autoridade financeira ligou para o ministro à época? Isso vai ser exposto?", indagou "Só não esculhambem a democracia do Brasil!