Em entrevista coletiva concedida a emissoras de rádio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, vai permanecer no cargo. "O ministro Palocci continua tendo de mim toda a consideração que eu tinha antes, tenho agora e vou ter depois. E se vocês querem que eu diga, eu vou repetir aqui: o Palocci é e vai continuar sendo o meu ministro da Fazenda", disse Lula.
O presidente elogiou a atuação do ministro à frente da equipe econômica. "Palocci é um ministro da minha inteira e total confiança e o Brasil deve a ele muito. Não sei se um economista conseguiria fazer o que o Palocci fez na política econômica". Lula citou avanços na área econômica em relação ao governo passado que, segundo ele, "têm muito a ver com o companheiro ministro Palocci": o crescimento real do PIB, que passou de 1,9%, em 2002, para os atuais 4%; a queda da taxa de inflação de 12,5% para 4,9%, e a taxa de desemprego, de 11,7% para 9,4%.
O presidente também falou sobre a manutenção da meta do superávit primário (a economia que o país faz para o pagamento dos juros da dívida) em 4,25% do Produto Interno Bruto (PIB). "Ninguém faz superávit porque gosta de fazer superávit, nós fazemos superávit porque devemos muito, é quase um trilhão de reais a nossa dívida interna, e nós precisamos dizer aos nossos credores – que muitas vezes são grande parte da classe média brasileira que têm poupança nos bancos – que eles vão receber aquilo que é dinheiro deles", disse. "Nós não fazemos isso porque é maravilhoso fazer superávit, fazemos porque é uma demonstração de seriedade", completou.
