O coordenador da equipe do futuro governo no processo de transição, Antonio Palocci, afirmou hoje que, para se controlar a inflação, é necessário adotar uma postura rígida em relação aos preços públicos e cuidar do arcabouço de medidas já existentes. Ele voltou a dizer que a pressão inflacionária vivida nos últimos meses é resultado da alta do dólar e não de uma pressão de demanda.
O coordenador insistiu na tese de que, na medida em que a cotação do dólar cair, a pressão inflacionária vivida até agora não deverá se perpetuar. “Todo esforço que precisa ser feito é de equilíbrio macroeconômico, para que o dólar ceda”. Palocci disse também que, para se aprofundar esse feito de retração do dólar e recuo da inflação, é necessária a adoção de medidas tradicionais para aumentar a confiança no Brasil e impedir a subida da cotação da moeda norte-americana.
“Não há medidas excepcionais possíveis, a questão é de confiança no País e confiança em que a conduta do novo governo será atenciosa em relação aos compromissos assumidos.” O coordenador voltou a afirmar que o governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, não adotará medidas exóticas nem “pacotes” econômicos para manter a inflação sob controle.
